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Mostrando postagens de novembro, 2009

ROMANTISMO - LÍRIO

O romantismo que em mim existe me faz olhar a vida com esperança a sarar as dores com rapidez a fim de não perder nenhum momento do tempo bom que começa hoje. O romantismo que em mim reside é uma doença incurável mas não posso dizer que ele é mau nem chamá-lo de mal ele é bom, ele é bem! Ele me leva a regar flores plantar jardins cultivar amores cheirar jasmins acariciar hortênsias a ter a coragem do alecrim, mas finca-me na terra qual lírio belo, perfumado e forte evocando do meu nome aquilo que Lília deve ser E por falar em Lírio, lembrei de você poema-irmão-mais-velho Um lúcido  déjà vu de anos passados que resignifica minha existência:                                                                     2009 Lírio Flor do campo, flor selvagem, Folhas verdes muito escuras Pétalas brancas intensamente perfumadas. Com tua brancura ornamentas a rebeldia da relva Teu caule é firme, esguio; És ao mesmo tempo delicada e forte Quem tenta te arrancar pela

TEUS MEDOS MEUS

Este poema não é novo, ele surgiu num momento de ruptura, de perda, de muita dor, mas marcou profundamente o momento em que comecei escrever poesias, anos atrás. Esse poema me ensina que quando se quer, a gente consegue transformar dor em arte e sofrimento em beleza . Estou ouvindo agora uma música que fala exatamente o que escrevi aqui, 5 anos atrás: o amor não tem medo! Postei  esse poema  aqui pois um amigo, perguntou noutro blog, o que nós fazemos com os nossos medos. Lembro que na época que o escrevi, alguns amigos me disseram que este poema os tinha ajudado a perceber algumas coisas sobre eles mesmos. Então aqui vai: Sabe do que tenho medo? Tenho medo que teu medo te domine, te enclausurando em decisões amargas, a ponto de não mais querer-me (se é que algum dia me quiseste) E, por medo, te afastes E eu, termine por não ter-te. Sabe do que tenho medo? Tenho medo que tu penses Que não precisas ser amado A ponto de rejeitares meu amor (se é que um dia o quise

Invadida

Lembrança do tempo bom gostoso de se lembrar ... a santa-ceia celebrada em família riso, comidas e falas muito riso! Lembrança do dia bom gostoso de se lembrar ... memórias saltitantes na mente qual criança cheia de energia muita saudade! As lembranças que atravessam minha mente interrompem minha seriedade num repente; sentam-se diante de mim como donas da situação e me contemplam satisfeitas quando o riso, trancado no ferido coração me surge espontâneo nos lábios qual flor desabrochando naturalmente no princípio da primavera... Ah, lembranças de um momento eterno gostoso de se lembrar... tiram minha atenção de um texto e me desconcentram completamente!

Pai-e-mãe

Supremo Artista que da alma cuida enquanto a vida afunda mas com a paz inunda pois o amor abunda Querido amigo cuja graça emana de uma fonte inesgotável de desejo alegre por minha felicidade imensurável Deus Supremo, que com linhas certas escreve tudo certo, endireita minha visão para eu deixar de ver torto e não tornar o espírito morto enquanto o Autor da Vida a tudo tem em suas mãos. Doce e querido Pai Saiba eu que teu cuidar paterno supera em muito meu amor materno. pois tão materna quanto minha maternidade é a tua paternidade. Tu também és pai-e-mãe pai solteiro, mãe solteira enquanto pai, se supera, enquanto mãe, ainda mais. À tua maternidade confio o filho que tu me deste cuida dele com teu mais perfeito, doador e incondicional amor de mãe!

Entranhas

Num só olhar meu mundo ruiu. Uma só palavra me destruiu As entranhas maternais Se contorceram em novas contrações como a parir o filho outra vez... não para o meu regaço não para o meu seio não para o meu abraço mas para o acaso para o ocaso para longe da minha vista para onde a saudade aperta tanto que  mesmo estando perto se me parece tão distante, inalcançável, inatingível e me corrói o peito com o entorpecimento de um delírio do qual eu quero acordar mas não consigo

Fôlego

Sabe... o pulmão espremido, o pranto retido, o sofrer percebido, o grito não emitido? Sabe... o amor rejeitado, o concentrar anulado, o sono alterado, o olho marejado, o respirar sufocado? Sabe... o corpo dolorido, o abraço não dado, o gemido contido, o beijo esperado, o suspiro emitido? Ontem corri, Corri até o pulmão doer! Mil metros me cortaram o respirar esfaqueando meu peito como lâminas cruéis. A tristeza cansa ... Tristeza cansa, Eu parei, olhei para o céu, A lágrima não veio, Mas eu ouvi o chafariz da praça... Estirei o corpo, Abrindo o ventre espremido Alonguei a alma Senti o coração partido e respirei todo ar que pude Um pouco ... expirei, Segunda vez... expirei, Três, quatro, cinco, E ele foi entrando, o Vento abrindo brechas entre os músculos do peito que contraídas me oprimiam o pulmão Ele veio, o Espírito, Como sopro divino me fazendo alma vivente de renovado coração ardente O sofrer curando O ar penetrando O respirar l